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REDES DE ALIMENTAÇÃO EM EXPANSÃO

 

Por conta da Pandemia e da forte retração do mercado de Foodservice (alimentação fora do lar) no Brasil, somos quase automaticamente levados a supor que as Redes tiveram retração em 2020 e que há hoje menos lojas de redes do que havia a um pouco mais de um ano atrás.

Mas, pasmem, não é bem essa história!

A história resumidamente é que, apesar de ter perdido faturamento durante a pandemia, a soma das redes pequenas, médias e grandes mostrou um crescimento do seu número de lojas!

Queria te convidar para acompanhar as constatações e os números que extraímos de nosso estudo chamado MAPEAMENTO DE REDES DE FOODSERVICE, edição 2021.

Este artigo tem como irmão quase gêmeo um vídeo recentemente publicado no YouTube, que vale a pena ser conferido; segue o link - https://youtu.be/LD8i-d7eHng

Aliás, estudo este que está à sua disposição para ser adquirido imediatamente. É só me enviar uma mensagem e cuidamos disso.

Vou falar aqui dos números globais do estudo, dos principais achados sobre as regiões e também sobe os segmentos ou especialidade. Ao final, vou listar as principais razões que identificamos

 

Algumas notas sobre este extrato do Mapeamento:

- foi realizado entre janeiro e fevereiro de 2021 – 5º ano de realização

- exclui as redes gigantes, como Mcdonalds, BK, Bob’s, Subway, Habib’s

- identificou mais de 660 redes com 3 ou mais lojas, entre as quais 560 acima de 5 lojas

- aqui nesta análise vou me deter a 525 redes, que possuíam ao menos 5 lojas tanto em 2020 como agora em 2021

 

Então, vamos lá, começando pela primeira surpresa...

O número dos números deste estudo: a soma de todas as lojas identificadas nestas 525 redes no início de 2021 foi de 15.631 lojas.

Sabe o que isso significa versus o que encontramos no início do ano passado?

583 lojas a mais, ou um crescimento de 3,9% no número de lojas. Repito...

Claro que isso não significa que também houve crescimento da receita deste conjunto de redes, provavelmente, não houve mesmo.

Mas é muito positivo perceber que o parque de lojas destas redes evoluiu em meio à enorme crise do ano passado e – ATENÇÃO – está pronto para capturar o longo período de recuperação pelo qual o mercado vai passar... pelo menos uns 3 anos.

 

Mas, avançando, vamos falar das regiões agora:

·       Em primeiro lugar, o Estado de São Paulo mantém um peso enorme no mercado: 47% das sedes das redes estão no Estado, compreendendo 61% das lojas espalhadas pelo Brasil.

·       Logo após, vem empatados o mercado do Sul do Brasil e todo o restante do Sudeste sem SP: cada uma destas áreas representa 16% das redes do Brasil. E ambas também representam aproximadamente 13% do número de lojas existentes no Brasil.

·       Mas, falando em parque de lojas, há alguns destaques muito importantes, lembrando que o número de lojas Brasil cresceu 3,9%:

·       Uma única região do Brasil cresceu acima desta taxa, puxando o crescimento nacional: esta região é o Sul do Brasil.

·       Enquanto o motor do Foodservice brasileiro cresceu em linha com a média nacional – redes de São Paulo expandiram suas lojas em 3,9% e lojas do restante do Sudeste expandiram 3,8%, o crescimento do número de lojas das redes com base no Sul foi de 10%, quase triplo da média nacional.

·       No outro extremo, onde tivemos retrações foi especialmente na região Norte (suas redes encolheram mais de 13% versus 2020, o Centro-oeste, com uma redução de 3,5% no número total de lojas de suas redes.

·       E o Nordestes, no meio do caminho, não teve variação do número de lojas das redes que têm sede na região.

 

Mudando de enfoque, indo agora para os segmentos ou especialidades:

·       Começando pelo começo: mais de metade das lojas do Brasil não são especializadas em comidas, mas em sorvetes, açaís, cafés, snacks, doces e bolos.

·       Esse bloco todo compreende 1/3 das redes do País, 50% das lojas espalhadas pelo território nacional e, pasmem... o número total de lojas cresceu mais de 6% x 2020.

·       Mas o destaque neste grupo é sem dúvida para as redes de Sorvetes e Açaí, que tiveram um avanço de quase 10% em seu parque de lojas.

·       Logo a seguir, onde predominam as refeições e os lanches, há de tudo.

·       No topo de quem mais cresceu, disparado, redes de Sanduíches e de Comida Saudável e Natural; estas tiveram crescimento na casa dos 19% no seu número de lojas.

·       Culinária brasileira também veio bem no ano, com um crescimento de 6% no seu número de lojas no País.

·       No meio do caminho, com crescimento muito próximo da média de todas as redes (entre 3 e 4% no ano), encontramos as redes de Culinária Italiana e de Pizzas e também as redes de Restaurantes, uma boa notícia.

·       Entre as especialidades que chamaram a atenção pela retração do número de lojas a lista começa pela culinária oriental, com retração de 16% no número de lojas.

·       E, a seguir redes de Pastéis, Empadas e outros salgados tiveram diminuição de 6% em suas lojas, enquanto o segmento Carnes e Grelhados também retraiu, na casa de 3%.

 

Para mim, há uma combinação de vários fatores que ajuda a explicar este resultado positivo das Redes:

·       Entendimento de que após crises importantes há períodos não menos importantes de recuperação

·       Capacidade de adaptação e resposta a mudanças mais rápida e efetiva, incluindo temas de caixa e sobrevivência da empresa

·       Preparação e maturidade para lidar e atuar com as mudanças tecnológicas, novos formatos de vendas e operação etc.

·       Adequação do tipo de cardápio para a “viajabilidade” que marca o delivery, o take-out, o grab and go...

·       Adequação e viabilidade frente a um cenário de perda de poder aquisitivo, emprego remoto e outras situações

·       Atenção para as necessidades e expectativas do consumidor e a antecipação no atendimento dessas necessidades e expectativas

·       E, também, extinto de sobrevivência, resiliência, paixão etc.

 

O que esperamos pela frente: que as redes, tradicionais e novas, contribuam para a recuperação do mercado e que estejam num momento mais equilibrado e próspero em nosso estudo em 2022.

Conto com você aqui deixando seu comentário e também lá no YouTube, especialmente com sua inscrição e seu like.

Grande abraço e sucesso. 

Molinari

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Impactos do Novo Coronavírus no Foodservice

 

Este artigo tem como base o conteúdo apresentado e discutido numa Transmissão ao vivo, realizada em meu canal no YouTube – FOODSERVICE COM SERGIO MOLINARI – em 23/03/20.

Considero um pequeno e despretencioso "guia de sobrevivência" para os pequenos negócios deste nosso mercado.

Para quem desejar assistir o vídeo de 1h33, na íntegra, segue o link: https://youtu.be/VouB7BneCAY

 

PANO DE FUNDO

·     Neste momento, muitos de nossas estratégias e ações para 2020 deveriam estar a todo vapor

·     Mas tudo mudou e, quem conseguir se adaptar e respirar nos próximos tempos é que terá chances para o futuro

·     Estamos falando de sobrevivência, antes de tudo

·     Não vou entrar no mérito de quais são as medidas de Governo, Empresas, etc, mas discutir sobre o setor e seus negócios

·     Aliás, qualquer conjunto de medidas de Governo, Entidades, Fornecedores não será suficiente para o que está acontecendo

·     O momento é de olhar para dentro dos negócios que ainda temos

 

CENÁRIO E PERSPECTIVAS

·     O Foodservice fechou o ano de 2019 com um crescimento nominal de 6,9% e real de 3,9%. Não era excelente, mas foi o melhor desempenho desde 2014.

·     A mais de 10 anos, os motores fundamentais do Foodservice eram emprego e renda, tanto para cima como para baixo

·     Com base nisso, projetávamos um crescimento de 8,5% nominal e 4,8% em termos reais para 2020

·     Este crescimento real voltaria a colocar o mercado entre os bons anos desde 2006

·     Chega o novo coronavírus e essa lógica e estes fundamentos vão por água abaixo

·     Não temos mais as rédeas e domínio sobre o jogo, o mercado não é mais soberano

·     Estamos na carona do que dá para fazer e do que não dá

 

IMPACTO IMEDIATO

. Enorme retração do faturamento do setor

. Restrições e impedimento ao funcionamento e ao atendimento – tráfego evapora

. Dinheiro fica mais escasso, por conta de renda, desemprego e incerteza

. Após as pessoas - principal preocupação - a liquidez é o grande drama do setor

. Grandes e abruptas mudanças de comportamento do consumidor em curso

 

IMPACTO SECUNDÁRIO - O QUE VEM DEPOIS

. Depois, é outro cenário. Difícil estimar o que vai acontecer depois

. Cenário otimista: 0% de crescimento do PIB no ano

. Cenário moderado: 2,5% de queda no ano

. Cenário pessimista: 4,4% de queda no ano

. Desemprego inicial poderá passar de 18 ou 20%

 

DURAÇÃO NO TEMPO

Imediato – destruição, caos, catástrofe – sobrevivência

. 3 a 4 meses

Após – juntar cacos, rever o que se tem, jogar rouba monte - reconstrução

. Um ano pelo menos

. Menos players

. Novos padrões de consumo

 

ESTRATÉGIAS RECESSIVAS E DE DEPRESSÃO

·     Quem assumir a postura de que a crise será maior do que parece hoje terá mais chance de sobreviver

·     Sugestão: pense em como sobreviver por 3 meses, com pouquíssima receita ou quase nenhuma

·     Parte do pensamento inclusive passará por se vale mais a pena fechar neste momento ou tentar as poucas alternativas

·     Cortar os custos além da carne, no osso, ou ainda mais – de forma geral, não haverá receita suficiente para cobrir os gastos

·     Cortar horários de atendimento será necessário para otimizar os recursos e pessoas

·     A equipe dificilmente poderá ser do mesmo tamanho – haja com transparência, honestidade e respeito, mas é necessário agir rapidamente

·     Foque no que será mais viável fazer com a escassez de recursos de todos os tipos

·     Aluguéis, empréstimos, prestações de serviço, e outros itens do tipo precisarão ser renegociados imediatamente, com transparência

·     Não é hora de pagar o que estava pendente pagar antes do coronavírus

·     Cuidado com como irá tratar seus fornecedores – você precisará negociar com eles alguma flexibilidade, mas são eles que garantem seus ingredientes

·     Concentre mais suas compras naqueles que historicamente são seus principais parceiros – isso é mais seguro e viabiliza mais capacidade de recuperação para todos

·     Considere os bons fornecedores locais que podem te abastecer e dependem de sua compra

·     Não é hora de especular e ser oportunista, mesmo que tenha esta chance – você vai pagar um alto preço por isso depois, se sobreviver agora

·     Mas pense que haverá um dia de amanhã e tudo deve ser feito com responsabilidade, com funcionários, consumidores e seus fornecedores também

·     Sobrevivendo agora, a forma como você conduziu este período te dará maior ou menor chance de se manter

·     Vamos precisar colocar dinheiro nos negócios – o amparo do governo e dos fornecedores não será suficiente

 

DELIVERY COMO A PRINCIPAL ALTERNATIVA PARA O MOMENTO

Pense o delivery e o take-out “ampliado”

·     Não é só online e só marketplace, pode ser por telefone, WhatsApp, sinal de fumaça

·     Catering ou delivery para empresas em atividade – venda em grupo

·     Parceria com o varejo alimentar – que não cairá grande coisa

·     Abastecimento às empresas – trabalhos essenciais e mantidos

 

EXPERIÊNCIA DE CONSUMO

·     Esqueça agora o que era a experiência – não é mais o ambiente, o atendimento, o encantamento

·     Agora é remoto, delivery, take-out, online, remoto

·     Segurança é chave – lembram-se das pesquisas? Higiene, limpesa, segurança alimentar sempre foi o fator número 1 da experiência; agora, mais ainda

·     Custo-benefício será chave – sobe no ranking

·     Experiência digital pulou 3 degraus em importância

 

ALGORITMO DOS MARKETPLACES HOJE, NA SEQUÊNCIA

·     Entrega grátis

·     Categoria de produto

·     Preço / desconto

·     Avaliação do consumidor

 

DICAS PARA UM DELIVERY COM MAIOR CHANCE DE SUCESSO

Comunicar, divulgar, promover é essencial e contínuo

. Lista de clientes, whatsapp, instagram, facebook, condomínios

. Não só cardápio, promoções, incentivos, fidelidade

. Cuidados e processo total do delivery – segurança

. Os consumidores têm que saber que você tem delivery e take-out

 

Racionalizar o cardápio

. Limpar o que não vende

. Limpar o que não é eficiente

. Usar mais ingredientes curinga

. Considere sua limitação de produção (gente, ingredientes, horários, entregadores)

. Focar em alternativas com bom custo-benefício

 

Oferta terá que ser relevante – fazer muito sentido

. Opções individuais para clientes individuais

. Opções familiares – custo/benefício

. Opções para crianças e idosos

. Opções que permitam armazenamento – venda de kits

. Opções para mais momentos de consumo

. Embalagens adequadas para congelamento

. Kits para finalizar em casa – massa + molho, p.ex.

 

Incentivos a fidelidade – 10 + 1 grátis

Mais informações e serviços (reaquecimento, armazenamento, etc)

Produtos complementares (cápsulas de café, sobremesas, sucos, guardanapos, etc)

Serviços grátis (diversões para crianças, leituras, filmes, receitas)

Comunicação sobre as práticas que ele (consumidor) deve ter para consumir

Vouchers para futuro

Estimule o apoio e o engajamento do cliente para a sobrevivência do setor

 

CONCLUSÃO

O que temos para hoje no setor é sobreviver. Para sobreviver, não basta fazermos o melhor que fizemos até hoje, é preciso algo mais e diferente.

Para muitos de nós, haverá um amanhã no foodservice, mas ainda não sabemos o que será nem o mercado e nem nós mesmos.

Mas, como agirmos hoje será determinante também de nossa viabilidade amanhã

Não sairemos desta crise como entramos, como sociedade, como pessoas, como mercado e como negócio.

 

Sergio Molinari

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A formação do faturamento no Foodservice

 

Link para o artigo em vídeo de 7 minutos: https://youtu.be/X84BebuTsdQ

 

Quanto realmente é complexo construir o faturamento de uma empresa?

 

Neste artigo, vamos discutir sobre a simplicidade que está por trás da construção do faturamento das empresas, sejam elas as indústrias, os abastecedores ou os operadores do Foodservice. 

 

Indo direto, “na lata”, não há nada de mágico, sofisticado ou complexo na construção do faturamento dos nossos negócios. 
O que há, na verdade, é uma lógica muito básica que, bem planejada e executada, produz resultados.

 

A espinha dorsal desta lógica: há dois pilares que, associados, geram o faturamento: quantos clientes a empresa atende e quanto vende em média para cada cliente.

 

Ou seja, o número de clientes atendidos vezes a compra média por cliente dá o faturamento.

 

Simples assim! Tão simples, que quase fiquei constrangido por dedicar um vídeo a isso. A não ser pelo fato de que vejo incontáveis empresas que buscam métodos complexos e confusos para crescer, ao invés de estruturar respostas para estes 2 pilares.

 

E, se concordamos que esta lógica é simples, partimos para o desdobramento de cada um destes pilares, que chamamos de método 2x3 (Dois pilares, desdobrados em 3 itens cada pilar), também bem simples e objetivamente:

 

O número de clientes se forma por
1. Retenção / manutenção de clientes existentes
2. Recuperação de clientes que se tornaram inativos
3. Abertura de novos clientes

 

A venda média por cliente, por sua vez, se origina por
1. Quantos e quais produtos / itens / sku’s compõem cada compra do cliente (compreendendo aí a noção de valor agregado do que se vende) – correspondendo ao ticket médio do cliente
2. A Frequência de compra do cliente
3. Compra média no período num período habitual (mensal, anual, etc), que é o resultado da multiplicação do ticket médio pela frequência de compra

 

Desdobrados os dois pilares, o que cabe ao gestor fazer: 
1. Planejar como irá desenvolver cada um dos 3 itens de cada um dos 2 pilares
2. Executar e gerenciar a execução destes planos, de preferência, através de Indicadores de Desempenho objetivos 
Se esta abordagem simples fizer sentido para você, deixe seu like e comentário, e compartilhe com seus colegas.

 

Muito obrigado. 

 

Sergio Molinari

 

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Delivery 2020 - 2021

 

Link para o artigo em vídeo de 7 minutos: https://youtu.be/AKuuM3-oHZo

 

Nossa playlist só sobre Delivery: https://www.youtube.com/playlist?list...

 

O Delivery no Brasil continuará crescendo aceleradamente, ou perderá fôlego nos próximos anos?

 

 

Não consigo pensar numa forma melhor de começar este vídeo do que clareando uma confusão enorme e frequente: Delivery não é apenas Delivery online!

Lembram-se das aulas de matemática lá no ensino fundamental? Contém e está contido?

Pois bem: o Delivery online está contigo no mercado de Delivery.

 

O Delivery online está crescendo tanto, tem uma visibilidade e uma presença tão fortes em nosso dia-a-dia, que, quando falamos em Delivery, na verdade, estamos falando do Delivery online. Então, por que discutir o tal do contém e está contido é tão importante?

 

Fundamentalmente, para dizer que uma enorme parcela do crescimento do Delivery online está se dando em substituição ao Delivery tradicional. E, é verdade, outra parte importante é ampliação da fatia do Delivery sobre outras formas do Foodservice, mas, vocês verão, não é nada do que que mereça construir qualquer pânico, como se o Delivery fosse engolir outras modalidades do Foodservice.

 

Vamos a alguns números: Em 2019, estimamos que o total de transações por Delivery em geral ficou próximo de 1,9 bilhões; deste número, perto de 500 milhões ocorreu via Delivery online.

 

Isso significa que, no ano passado, o Delivery como um todo representou entre 7,5 e 8% do Mercado total de Foodservice e que o Delivery online representou perto de ¼ do total de transações de Delivery Considerando que projetamos que o Delivery online deverá crescer algo como 80% em 2020 e outros 60 a 65% em 2021, e que o Delivery tradicional recuará entre 15 e 25% em 2020 e 2021, isso significa que, ao final de 2021, é provável que o Online já seja quase 2/3 de todos os pedidos por Delivery do Brasil. Agora, isso acontecendo, o delivery total deverá ampliar sua participação no Foodservice total em apenas 1 ponto, ou seja, ainda será inferior a 10% do Mercado total de Foodservice!

 

Resumo: neste estágio, a grande guerra é migratória entre o delivery online e o delivery tradicional. E, importante, segundo a maior parte dos players de delivery online e das entidades do foodservice, a outra parte significativa do crescimento do delivery se dá em cima do consumo no domicílio e não no Foodservice.

 

E, para encerrar esta discussão, pensando num futuro um pouco mais distante: o crescimento do delivery continuará superior ao do Foodservice. Entretanto, em taxas mais modestas. Vide o exemplo do mercado americano, em que o crescimento previsto para o delivery em 2020 é de 6%.

O que é crítico é estarmos super alinhados e atualizados com os movimentos de mercado e de consumo, seja onde estivermos na cadeia de valor do Foodservice.

 

Muito obrigado.

 

Sergio Molinari

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Comparando o mercado brasileiro com o mundial

 

Link para o artigo em vídeo de 6 minutos: https://youtu.be/qUgGwwUyBLg

 

É comum perguntarmos qual a real dimensão do mercado de Foodservice no mundo, considerando o tanto que falamos sobre mudanças nos modos de vida das pessoas, nos padrões de consumo de alimentos, na valorização de temas como praticidade e conveniência, entre outros.

Não há uma única fonte que consolide todos os mercados de Foodservice regionalmente, então, a visão do mercado mundial é uma compilação de inúmeros institutos e entidades de pesquisa sobre o setor.


Globalmente, o Foodservice é um mercado que movimentou aproximadamente US$ 3,6 trilhões em 2018. Para uma comparação mais familiar, equivale a 2 vezes o PIB brasileiro de 1 ano, ou seja, é um mercado enorme. 

 

Aqui no Brasil, temos perto de 1,3 milhão de estabelecimentos formais, e chegamos a ter 70 milhões de refeições por dia. 

Somando o Foodservice comercial e não comercial, a soma de todos os ingredientes (alimentos e bebidas) consumidos chega a R$ 185 bilhões.


Este valor de ingredientes (vamos chamar isso de CMV) se converte em mais de R$ 460 bilhões a valores de ponta.

Como curiosidade, estimulamos sempre o pensamento sobre qual nossa posição no ranking mundial do Foodservice, lembrando que temos aqui a 5ª maior população do mundo e a 9ª maior economia mundial.


O nosso mercado de R$ 460 bilhões, convertidos em Dólar, equivale a US$ 126 bilhões, o que coloca o Brasil na 4ª posição do ranking mundial dos maiores mercados de Foodservice no globo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.

 

Consideramos muito importante esta situação sobre o Brasil, entre outros, pelos seguintes motivos: 
• O Foodservice é cada vez mais mundial, com influências cruzadas entre os vários mercados locais, desde soluções tecnológicas, passando pelas elaborações étnicas, etc
• A velocidade de transformação é cada vez mais rápida e obriga a constante atualização e inovação
• A diversidade é outra marca crescente e oferece inúmeras oportunidades de segmentação e especialização

 

Mas, na nossa opinião, a principal característica a ser considerada é que o Brasil é inegavelmente alvo, é target de interesses globais, seja para processos de expansão, intercâmbio e cooperação.
Aliás, somos alvos, mas também temos, no mundo, alvos para nossas empresas. 

 

Sergio Molinari

 

 

Como aumentar a base de clientes de dos distribuidores de foodservice - Imagem de marcinjozwiak por Pixabay.jpg

Como aumentar a base de clientes dos Distribuidores de Foodservice

 

Link para o artigo em vídeo de 6 minutos: https://youtu.be/x-F6kIty4wI

 

Para comprar o estudo 'Mapeamento de Redes de Foodservice 2020', 
envie 1 email para contato@foodconsulting.com.br 

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Senhores e senhoras que abastecem o Foodservice do Brasil, já se fizeram esta pergunta recentemente? Onde está o cliente?

 

Neste vídeo, gostaria de compartilhar com vocês um pouco de reflexão sobre um dos maiores desafios dos distribuidores, atacadistas e outros abastecedores do Foodservice: identificar quem são e onde estão os operadores do mercado, especialmente, os que se instalaram mais recentemente.

 

Este desafio vem de uma combinação de dois fatores:  
Por um lado, de forma geral, as empresas que abastecem o mercado têm como um eixo fundamental do crescimento de seu faturamento a ampliação do número de sua carteira de clientes ativos. Aumentar a base de clientes é fundamental.

 

Por outro lado, porque a carteira de clientes “desidrata” ao longo do tempo: alguns clientes fecham, outros passam a ter restrições de crédito e outros trocam de fornecedores. E, com isso, organicamente há uma redução do número de clientes.

 

Sendo assim, para crescer o número de clientes é necessário antes de tudo “repor” o número de clientes atendidos para, a partir desta base “reidratada”, adicionar mais clientes. 

 

Até aí, o desafio já é conhecido. 

 

O desafio é conhecido e, tradicionalmente, se origina clientes também de forma tradicional: nas rotas de vendas, no boca-a-boca, na fachada dos estabelecimentos nas ruas, no visual.
Então, onde está a “pimenta” deste desafio? O que há de novo e “mais desafiador”?

 

Está no fato de que a cada dia surgem e se expandem segmentos de operadores que não aparecem nestas formas tradicionais de originação de clientes. 

 

Para citar alguns exemplos, para estimular o pensamento:
DARK KITCHENS
MARMITARIAS
ESCRITÓRIOS COMPARTILHADOS
FEIRINHAS EM CONDOMÍNIOS
AIRBNB
Etc

 

Quando refletimos estes novos segmentos, nos damos conta de que é necessário repensar rapidamente e criativamente nossas formas de localizar novos clientes.

 

Só para citar algumas fontes que não podem ser mais desprezadas: 
MARKETPLACES DE DELIVERY
TRIPADVISOR
PESQUISAS EM BUSCADORES
PESQUISA EM CAMPO

 

Não só isso: é necessário abrir a mente, reduzir paradigmas e rótulos. 
Temos que nos permitir investigar antes, classificar depois. 

 

Muitos que já participaram de palestras, cursos e reuniões em que participo, sabem que acredito que estamos num jogo de Rouba-monte como nunca vimos no Foodservice brasileiro.
Os distribuidores e outros abastecedores que forem mais investigativos, mais curiosos, mais flexíveis, mais analíticos acessarão uma parte significativa destes operadores pouco visíveis, e expandirão suas bases de clientes.

 

Os outros, vejam bem, terão problemas sérios. 

 

Espero que esta reflexão estimule muito de vocês. Se ela foi útil, compartilhe com seus colegas e equipes, marque o vídeo e deixe seus comentários. 
Aliás, será ótimo contar com suas ideias sobre como “mapear” estes novos clientes. 
Muito obrigado.

 

Sergio Molinari

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Quais destas redes vêm para o Brasil?

 

Link para o artigo em vídeo de 11 minutos: https://youtu.be/3AYPpZlDOoQ

 

Para comprar o estudo 'Mapeamento de Redes de Foodservice 2020', 
envie 1 email para contato@foodconsulting.com.br 

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Já temos redes suficientes de Foodservice no Brasil, ou ainda cabe mais?

 

Além da curiosidade em si sobre o tema, a proposta deste vídeo é trabalhar sobre os seguintes temas: 
1. A segmentação de mercado predominante e seus principais players. 
2. O que caracteriza a maior parte das redes que já estão no País.
3. Qual (ou, quais) destes segmentos são os mais prováveis próximos movimentos de internacionalização, com destino ao Brasil.

 

Antes de tudo, uma nota metodológica: utilizamos como fonte e referência para esta análise as bases da QSR Magazine e da Foodservice Database Company, ambas dos Estados Unidos. 

 

Nos baseamos em informações do mercado americano, seja por se tratar do maior, mais maduro e complexo mercado de Foodservice do planeta, e também por ser o mercado internacional que mais origina novos players aqui no Brasil.

 

Primeiro, falando de segmentação: com diferentes estágios de maturidade, dimensão e dinâmica, interpretamos o mercado segmentado em Fast Food, Fast Casual e Casual Dining.

 

Em ordem crescente, cada um destes segmentos oferece normalmente uma experiência de consumo e um preço relativo maior. Mas isso será tema de um próximo vídeo.

 

Quando analisamos as 30 principais redes de cada um destes 3 segmentos, destacamos algumas constatações:

1. Das 90 redes observadas, apenas 22 delas já vieram para o Brasil 
2. Destas 22 redes, 18 ainda operam lojas em nosso País
3. Destas 22 redes, apenas 4 não estão no top 15 de cada segmento
4. Destas 18 redes com atuação no Brasil, 12 são de Fast Food, 5 são de Casual Dining e 1 é de Fast Casual

 

Agora, sugiro que você pause o vídeo agora e observe as imagens a seguir.


A primeira imagem, mostra a divisão das redes americanas presentes no Brasil, por segmento.
  
A segunda imagem, mostra as 15 maiores redes de cada segmento, com a identificação das que vieram ou não para o Brasil.
 
A partir destas e outras observações, derivamos algumas conclusões: 
• As redes com grande dimensão (número de lojas, acima de tudo) são as que mais se internacionalizam, com destino ao Brasil
• No Fast Food, sanduíches e hambúrgueres, frangos, sorvetes e shakes ainda têm redes potenciais para desembarcarem em nosso País
• As redes de Casual Dining têm sofrido um declínio de desempenho na América há vários anos, especialmente por conta de migração de tráfego para outras alternativas (Fast Casual e Delivery, especialmente), e, entre as redes importantes ainda ausentes no Brasil, talvez não haja grandes potenciais
• O Fast Casual é um segmento praticamente “virgem” rumo ao Brasil; é possível apostar que ocorrerão movimentos neste sentido nos próximos anos; aliás, esta é a tendência na qual mais apostamos a destacar
• Marcas como Chick-fil-A, The Cheesecake Factory, Panera Bread, Chipotle, Panda, Jimmy John’s, Five Guys estão entre as que fariam sentido no Brasil, para citar algumas das principais.

 

E para complementar, vamos agregar outros 2 comentários:
• Culinárias étnicas e sub-segmentações de mercado estão em estágios mais avançados na América do Norte, o que retarda um pouco novos processos no Brasil; mas, como temos observado por aqui, a diversificação e inovação são duas das principais características do futuro de nosso mercado.
• Considerando as perspectivas de crescimento próximo de 5% ao ano (em termos reais) para o Foodservice brasileiro, é possível que alguns projetos saiam das gavetas ou sejam acelerados

 

Vamos ver o que vem pela frente. E, quando algo vier, trataremos aqui no nosso canal do YouTube.
Novamente, conto com sua inscrição. 

Se este conteúdo foi útil para você, marque o vídeo, compartilhe e deixe seus comentários e sugestões. 
Muito obrigado.

 

Sergio Molinari

 

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Cenários e Perspectivas 2020 para o Foodservice

 

Link para o artigo em vídeo de 8 minutos: https://youtu.be/RlyhhhxjFfg

 

Chegou 2020. Após anos que oscilaram entre retração, estagnação e retomada lenta de crescimento, o que esperar de 2020?

 

Colocamos o pé no ano novo analisando a trajetória do mercado de Foodservice durante 2019 e, ao final, compartilharemos nossa visão para 2020.

Para começar, vale comentar que 2019 foi um ano instável: o ano iniciou com previsões de uma boa retomada da atividade econômica e, particularmente, de redução do nível de desemprego, associado a crescimento do rendimento dos trabalhadores.

 

Naquele momento, projetávamos um crescimento nominal do Foodservice na casa de 8,5%, o que, descontada uma inflação de aproximadamente 4%, resultaria num crescimento real acima de 4%, o melhor desempenho do mercado desde 2014.

 

Entretanto, ao longo do ano, o conjunto de indicadores econômicos e de emprego e renda evoluiu de forma muito discreta e, ao final de 2019, consideramos como taxa de crescimento mais provável 7%, ao invés dos 8,5% originais.

 

Isto, porque, no último trimestre de 2019 o cenário passou a apresentar melhora significativa, caso contrário, estaríamos falando de um crescimento ainda mais discreto para o ano como um todo.

Resultado do desempenho de 2019: o faturamento do Foodservice deflacionado, ou seja, em termos reais, finalmente supera o tamanho do mercado de 2014!

 

Agora, falando de perspectivas futuras.

 

Neste momento de início de 2020, considerando as projeções dos principais bancos, consultorias financeiras, Banco Central, IBGE e outras instituições, parece seguro afirmar que tudo conspira para termos o melhor ano desde 2014.

 

De forma geral, visualizamos a economia em ritmo de crescimento de 2,2 a 2,5%, após expansões entre negativas e muito pequenas nos últimos 5 anos.

 

Mais especificamente, considerando a enorme correlação entre emprego e renda e o desempenho do Foodservice, também trabalhamos com uma visão positiva.

 

No campo do emprego, tanto em termos formal como informal, o quadro é de retomada, já há alguns meses. Muito provavelmente, o desemprego cairá para abaixo de 11% durante 2020, com boa probabilidade de fechar o ano próximo dos 10%. E este é principal puxador de nosso mercado.

 

A renda também deverá ter alguma recuperação (perto dos 2%), ajudada por uma inflação baixa e controlada, com um IPCA muito parecido com o de 2019, abaixo dos 4%.

A combinação destes movimentos permite falar num crescimento do Foodservice entre 8 e 9% em termos nominais, proporcionando uma evolução positiva real de até 5%.

 

Pode parecer pouco, mas não é!

 

Isso porque, apesar de termos vivido uma década de crescimento nominal perto de 15% ao ano entre 2005 e 2014, na verdade, boa parte deste crescimento era inflação; em termos reais, o mercado só cresceu acima de 5% em 4 anos.

 

Olhando mais para a frente, 2021 e 22, e considerando os principais fundamentos do Foodservice e as principais variáveis da economia, emprego e renda, é bem razoável estimar que continuaremos crescer a taxas nominais entre 8 e 10% ao ano e taxas reais entre 4 e até 6% ao ano.

 

Sem dúvida, um triênio com um ambiente de crescimento muito mais positivo do que vivemos há muito tempo, dando margem para mais investimentos, inovações, fusões e aquisições, entre outros movimentos.

O que não significa, por outro lado, que o jogo está ganho para todos nós; muito pelo contrário: mais do que nunca, viveremos tempos de transformação e competição acirradas.

 

Aliás, a transformação e competição são dois fatores que fazem com que muitos empresários tenham a sensação de que o mercado está estagnado, ruim ou “andando de lado”. Ao mesmo tempo que há outros crescendo a taxas de dois dígitos.

 

 

Vamos lá: mãos à obra! 2020 já está no ar.

Muito obrigado.

 

Sergio Molinari